Olá
amigos!
Se,
assim como eu, Você também teve ou tem "pedra(s)" nos
rins, leia atentamente o artigo abaixo:
Essa
dupla dinâmica pode correr sérios riscos em silêncio. Saiba como
evitar problemas renais com atitudes bem simples
por
Manoel Gomes / design Pilker
Apenas
150 gramas muito bem distribuídos em 12 centímetros de altura
(clique na imagem para conferir a explicação) — parece pouco,
principalmente quando comparados a pulmões e fígado. Porém, os
rins são responsáveis por funções vitais no organismo. E, quando
esses pequenos notáveis convalescem, é encrenca na certa: a doença
renal crônica (DRC), mal que não costuma avisar sobre sua
existência, destrói as estruturas renais até chegar ao ponto em
que o órgão para de funcionar.
"DRC
é o termo que se refere a todas as doenças que afetam os rins por
três meses ou mais, o que diminui a filtração e afeta algumas de
suas atribuições", explica a nefrologista Gianna Mastroianni,
diretora do Departamento de Epidemiologia e Prevenção da Sociedade
Brasileira de Nefrologia. O problema é tão sério que renomadas
instituições brasileiras criaram a campanha Previna-se, vencedora
do Prêmio SAÚDE 2011 na categoria Saúde e Prevenção. "Nem
sempre as doenças renais têm sintomas. Em muitos casos, o indivíduo
não percebe e o diagnóstico é feito com atraso", completa
Gianna.
Apesar
de ser caracterizada como uma doença silenciosa, a DRC pode dar
alguns sinais. No entanto, quando eles aparecem, costuma ser tarde
demais. "O rim é um órgão muito resistente, e esses sintomas
só vão se manifestar nos estágios 4 e 5 do problema, quando ele
está muito avançado", conta o nefrologista Leonardo Kroth, da
Sociedade Gaúcha de Nefrologia. Além de só surgirem em situações
extremas, muitas dessas manifestações tendem a ser confundidas com
outras enfermidades. Daí a importância de sempre visitar o médico
e pedir os exames que detectam as alterações indesejadas nos
filtros do corpo humano.
Quando
a DRC bate à porta
E
se a pessoa descobrir que seus rins não estão trabalhando como
deveriam? "Ela precisa se consultar periodicamente com um
nefrologista, fazer exames com regularidade, cuidar muito bem da
pressão arterial e da glicemia, além de outras modificações que
ocorrem na doença renal, como mudanças nos níveis de cálcio e
fósforo", atesta Marcos Vieira, diretor clínico da Fundação
Pró-Rim, em Santa Catarina.
Nos
casos em que a DRC progrediu além da conta e os rins perderam grande
parte de sua capacidade de eliminar a sujeira do organismo, o
indivíduo pode optar por dois caminhos: receber o rim de algum
doador compatível ou seguir para a diálise. "Ok, alguns
pacientes não têm condições clínicas de realizar um transplante.
Mas, nos demais, esse é o tratamento de preferência",
esclarece Vieira.
No
entanto, a ausência de alguém que esteja apto a doar um de seus
rins faz com que a maioria dos convalescentes siga para a
hemodiálise, quando uma máquina substitui as principais funções
que eram realizadas pelo aparelho excretor. Algumas atitudes simples
podem eliminar muitos desses transtornos. Confira a seguir como
manter essa dupla a todo vapor.
Diabete
e pressão na rédea curta
Quando
esses marcadores estão em níveis exagerados, a probabilidade de
desenvolver a DRC é ainda maior. Além da aterosclerose, a formação
de placas de gordura, sobretudo na artéria renal, há uma sobrecarga
do trabalho de filtração dos rins. "E a incidência dessas
duas doenças vem aumentando nos últimos anos, algo agravado pelo
envelhecimento da população, além de sedentarismo e obesidade",
diz Gianna Mastroianni. Nos casos em que o estrago já foi feito, a
primeira medida é ficar de olho na pressão e no diabete.
De
bem com a balança
Manter-se
no peso ideal também é uma regra de ouro para seguir com os rins a
mil. Indivíduos com o índice de massa corporal (IMC) nos parâmetros
saudáveis ficam protegidos dos pés à cabeça e, nesse pacote de
benesses, os filtros naturais saem ganhando. "Hoje em dia,
existe uma epidemia mundial de obesidade. O excesso de peso leva à
hipertensão e ao diabete. Quando hábitos saudáveis são
adquiridos, o risco de sofrer com um problema no rim é bem menor",
destaca o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de São
Paulo.
Alimentação
equilibrada, rins a salvo
Tomar
cuidado com o excesso de gordura e ingerir alimentos ricos em
vitaminas e fibras vai colaborar bastante para a manutenção das
funções renais. Quando o indivíduo já sofre com a DRC, é
provável que seja obrigado a fazer algumas mudanças em seu
cardápio. "Aí é importante adotar uma dieta com menor
quantidade de proteína para evitar a sobrecarga renal", afirma
Marcos Vieira. Esse menu deve ser avaliado pelo médico e por um
nutricionista.
Analgésicos
só com orientação
Remédios
só deveriam entrar em cena com a indicação de um especialista. Até
mesmo quando aparece aquela simples dor de cabeça, fuja da
automedicação. Na hora, ela pode até ser solucionada, mas, a longo
prazo, quem pode sofrer são seus rins. "Tanto os analgésicos
quanto os anti-inflamatórios são capazes de prejudicá-los, se
tomados em excesso, porque favorecem a ocorrência de doenças
renais", alerta Nestor Schor. Procure sempre orientação médica
para identificar o causador do incômodo e debelá-lo da melhor
maneira possível.
Devagar
com a bebida
Quando
ingerido com parcimônia, o álcool pode até beneficiar o trabalho
dos rins. Os experts chegam a recomendar uma ou duas doses bem
pequenas. Porém, enfiar o pé na jaca não vai agradar aos pequenos
filtros, que sofrem indiretamente. "Em excesso, o álcool pode
causar hipertensão, que vai evoluir até gerar problemas renais",
adverte o nefrologista André Luis Baracat. A bebida também causa
prejuízos ao fígado, o que, em última instância, vai desembocar
em um estrago nos rins.
Apagar
o cigarro em definitivo
No
personagem principal desta reportagem, a atuação do fumo é tão
nefasta quanto em outras partes do corpo. E a explicação está no
surgimento de pequenos bloqueios, as placas de gordura, que diminuem
o calibre dos tubos por onde circula o sangue. Isso causa problemas
de pressão que, por sua vez, levam à DRC. "Os rins são cheios
de vasos sanguíneos. O cigarro desencadeia inflamações que
prejudicam o órgão", destaca o nefrologista André Luis
Baracat, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Dueto
eficiente
Dois
exames muito comuns checam o funcionamento renal. E melhor: médicos
de qualquer especialidade podem requisitá-los.
Exame
de sangue
Ao
medir o nível de creatinina, um resíduo originado da atividade
muscular corriqueira, é possível calcular a quantas anda o trabalho
de filtração dos rins. Quando os níveis da substância estão
elevados, é sinal de que algo não vai bem.
Exame
de urina
Esse
teste vai mostrar a presença de uma proteína, a albumina, no
líquido amarelo. O composto orgânico não costuma aparecer no xixi,
já que ele é retido quando chega aos rins. Porém, se existirem
problemas, a albumina será liberada sem empecilhos.
Doenças
preliminares
Alguns
problemas de saúde podem levar ao desenvolvimento da DRC:
-
Diabete;
-
Hipertensão;
-
Glomerulonefrite (infecção no glomérulo);
-
Má-formação nos rins;
-
Lúpus;
-
Cálculo renal;
-
Tumores;
-
Infecções urinárias recorrentes.
Fique
atento para estes sintomas
-
Cansaço;
-
Insônia;
-
Inchaço nos pés e tornozelos;
-
Inchaço nos olhos;
-
Nictúria (vontade de ir ao banheiro durante a noite);
-
Mau hálito;
-
Mal-estar;
-
Urina espumosa ou com sangue.
Olha
a chuva!
No
verão, o Brasil sofre com as enchentes. Junto com esse problema,
doenças como a leptospirose podem surgir e atrapalhar o
funcionamento dos rins, causando até a insuficiência renal aguda. É
de extrema importância ficar o menor tempo possível em contato com
a água da inundação, usando botas e luvas de borracha.
Fonte:
http://saude.abril.com.br/edicoes/0347/medicina/cuidar-rins.shtml?pag=1,
visitado em 29.8.2013.
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