Julio Cesar Borges Baiz
“Ah, o condomínio,
…
Um lugar maravilhoso
para se viver!
Repleto de pessoas que
se dão bem!
Cheio de otimismo e
alegria...
E nenhum problema...”
Esta forma platônica de
pensar, bem que poderia ser a rotina do dia a dia no condomínio!
E, sabe, as divergências
de ideias e opiniões sempre vão existir. Mas, se Você for o
síndico e souber intermediar discussões, a maior parte poderá ser
resolvida.
Noutro dia estava
conversando com um amigo, que trabalha como síndico, que me disse:
“- No condomínio
que trabalho tem poucas brigas!
Nossa, isso é novo
para mim, conheço muita gente que mora em condomínio e que costuma
reclamar, dizendo que a vida é difícil. São muitas brigas e pouca
liberdade!
- Bom, que pena para
eles, porque no nosso tem poucas brigas! Eu não deixo o problema
crias asas e voar para outras unidades.
Como Você faz isso?
- Olha só Julio, vou
te contar um problema que tive ontem (era um sábado):
“Duas crianças
estavam na piscina, uma menina e um menino. Elas tinham
aproximadamente 10 anos de idade. O menino saiu correndo e fechou o
portão com o cadeado. A menina foi pular a grade, se desequilibrou,
caiu e torceu o pé.
Eu vi tudo isso pela
câmera de segurança!
Eu e um funcionário
fomos até lá, socorremos a menina e a levamos para o seu
apartamento. Informamos o que aconteceu aos seus pais que,
imediatamente a levaram a um hospital. A menina voltou com a perna
enfaixada, com a confirmação de que tinha torcido o tornozelo.
Enquanto eles estavam
no hospital, informamos o ocorrido ao pai do garoto, pelo interfone.
E o pai, imediatamente, compareceu na portaria.
Ele pediu para ver as
imagens gravadas. Em seguida, pediu para que avisássemos quando os
pais da menina retornassem.
Bom, retornaram e
marcamos uma reunião entre os condôminos envolvidos, no mesmo dia.
O pai do garoto disse
a ele: Peça desculpas para a sua amiga e diga que isso não vai mais
se repetir!
O garoto se desculpou.
A menina aceitou as
desculpas.
E o pai do garoto se
propôs a corrigir a brincadeira de mal gosto do filho. Até se
propôs a pagar pelos gastos do hospital.
Mas, o pai da menina,
disse: Imagina, não precisa pagar nada. Já estou satisfeito com a
sua atitude!
Apertaram as mãos e
um agradeceu o outro.”
- Lá no condomínio,
sempre que há brigas, procuramos marcar uma reunião entre os
envolvidos, com a condição de se chegar a algum tipo de solução.
- Estou no condomínio
há quatro anos como síndico e, até hoje, em 90% das brigas
conseguimos alcançar uma solução. E o que é melhor, os condôminos
acabam se conhecendo melhor e se tornando mais sociáveis.
- É claro que, as
vezes, a gente lida com pessoas que não querem solucionar o
problema. Apesar, que isso é bem raro lá no meu trabalho.
- Quando o problema é
muito grande, marcamos a assembleia e antes de iniciar o debate ou
votação, eu procuro falar a todos os moradores, das coisas boas e
ruins, da medida que vamos debater ou votar. Isso ajuda o morador a
perceber o que é melhor para o condomínio. Além disso, ajuda a
distanciar os conflitos entre pessoas e a aproximar a solução para
a questão. Ou seja, não importa quem fez o que! Mas sim, como
cuidaremos disso!
- Por exemplo: No caso
que contei, eu pedi desculpas a todos e disse que eu era o grande
responsável, porque não tirei o cadeado do portão da piscina. E,
como medida preventiva, a partir de agora, quando abro a piscina, eu
tiro o cadeado e deixo na portaria.
- Condomínio é
assim, a gente é pego de surpresa as vezes e tem que encontrar uma
solução para todos. De maneira justa e honesta!
- Lá no meu
condomínio, sempre sou votado para ser síndico porque eu escuto o
morador, trato todos da mesma maneira e procuro soluções ao invés
de criar mais problemas!
Bom, depois dessa aula,
só posso recomendar a Você que administra o condomínio, que ouça
mais os moradores e busque a solução dos problemas, sem se
preocupar em apontar os defeitos ou falar mal de alguém.
Fica a dica!
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