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Julio Cesar Borges Baiz
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terça-feira, 19 de julho de 2016

Um exemplo de como resolver um problema no condomínio

Julio Cesar Borges Baiz

Ah, o condomínio, …
Um lugar maravilhoso para se viver!
Repleto de pessoas que se dão bem!
Cheio de otimismo e alegria...
E nenhum problema...”


Esta forma platônica de pensar, bem que poderia ser a rotina do dia a dia no condomínio!

E, sabe, as divergências de ideias e opiniões sempre vão existir. Mas, se Você for o síndico e souber intermediar discussões, a maior parte poderá ser resolvida.

Noutro dia estava conversando com um amigo, que trabalha como síndico, que me disse:

- No condomínio que trabalho tem poucas brigas!
Nossa, isso é novo para mim, conheço muita gente que mora em condomínio e que costuma reclamar, dizendo que a vida é difícil. São muitas brigas e pouca liberdade!
- Bom, que pena para eles, porque no nosso tem poucas brigas! Eu não deixo o problema crias asas e voar para outras unidades.
Como Você faz isso?
- Olha só Julio, vou te contar um problema que tive ontem (era um sábado):
Duas crianças estavam na piscina, uma menina e um menino. Elas tinham aproximadamente 10 anos de idade. O menino saiu correndo e fechou o portão com o cadeado. A menina foi pular a grade, se desequilibrou, caiu e torceu o pé.
Eu vi tudo isso pela câmera de segurança!
Eu e um funcionário fomos até lá, socorremos a menina e a levamos para o seu apartamento. Informamos o que aconteceu aos seus pais que, imediatamente a levaram a um hospital. A menina voltou com a perna enfaixada, com a confirmação de que tinha torcido o tornozelo.
Enquanto eles estavam no hospital, informamos o ocorrido ao pai do garoto, pelo interfone. E o pai, imediatamente, compareceu na portaria.
Ele pediu para ver as imagens gravadas. Em seguida, pediu para que avisássemos quando os pais da menina retornassem.
Bom, retornaram e marcamos uma reunião entre os condôminos envolvidos, no mesmo dia.
O pai do garoto disse a ele: Peça desculpas para a sua amiga e diga que isso não vai mais se repetir!
O garoto se desculpou.
A menina aceitou as desculpas.
E o pai do garoto se propôs a corrigir a brincadeira de mal gosto do filho. Até se propôs a pagar pelos gastos do hospital.
Mas, o pai da menina, disse: Imagina, não precisa pagar nada. Já estou satisfeito com a sua atitude!
Apertaram as mãos e um agradeceu o outro.”
- Lá no condomínio, sempre que há brigas, procuramos marcar uma reunião entre os envolvidos, com a condição de se chegar a algum tipo de solução.
- Estou no condomínio há quatro anos como síndico e, até hoje, em 90% das brigas conseguimos alcançar uma solução. E o que é melhor, os condôminos acabam se conhecendo melhor e se tornando mais sociáveis.
- É claro que, as vezes, a gente lida com pessoas que não querem solucionar o problema. Apesar, que isso é bem raro lá no meu trabalho.
- Quando o problema é muito grande, marcamos a assembleia e antes de iniciar o debate ou votação, eu procuro falar a todos os moradores, das coisas boas e ruins, da medida que vamos debater ou votar. Isso ajuda o morador a perceber o que é melhor para o condomínio. Além disso, ajuda a distanciar os conflitos entre pessoas e a aproximar a solução para a questão. Ou seja, não importa quem fez o que! Mas sim, como cuidaremos disso!
- Por exemplo: No caso que contei, eu pedi desculpas a todos e disse que eu era o grande responsável, porque não tirei o cadeado do portão da piscina. E, como medida preventiva, a partir de agora, quando abro a piscina, eu tiro o cadeado e deixo na portaria.
- Condomínio é assim, a gente é pego de surpresa as vezes e tem que encontrar uma solução para todos. De maneira justa e honesta!
- Lá no meu condomínio, sempre sou votado para ser síndico porque eu escuto o morador, trato todos da mesma maneira e procuro soluções ao invés de criar mais problemas!

Bom, depois dessa aula, só posso recomendar a Você que administra o condomínio, que ouça mais os moradores e busque a solução dos problemas, sem se preocupar em apontar os defeitos ou falar mal de alguém.

Fica a dica!

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